Tratamento

O tratamento é baseado na eliminação total da galactose da dieta, desde que MASON e TURNER, em 1935, descreveram que a remoção da galactose da dieta eliminava a síndrome de toxicidade aguda. Porém essa medida só é benéfico para os portadores da galactosemia tipo 1 e tipo 2. No caso da galactosemia tipo 3, os pacientes não devem ter sua alimentação totalmente restrita de galactose, isso se deve ao fato desses indivíduos serem dependentes da galactose exógena, que é um precursor necessário para a síntese de complexos de glicoproteínas, glicolipídeos, galactoproteínas e galactolipídeos. Portanto, para esses pacientes, o tratamento se restringe em prover pouca quantidade de galactose - quantidade essa que não será maléfica ao organismo e irá atender às necessidades do indivíduo. É importante, também, que ocorra um monitoramento constante do nível da galactose existente no organismo.

Quando detectada por amniocentese é recomendado que a mãe já elimine a galactose da dieta cujo objetivo é sanar os sintomas presentes no nascimento, por exemplo, a ocorrência da catarata. Com um tratamento precoce, qualquer dano no fígado que por ventura tenha ocorrido nos primeiros dias de vida, serão completamente sanados.
** Dados obtidos da American Liver Foundation

Um outro tratamento é a Rã Terapia, que consiste em utilizar a carne de rã (Rana catesbeiana Shaw, 1802) como base alimentar no tratamento de crianças com erros inatos do metabolismo de carboidratos simples (frutosemia e galactosemia). A terapia nutricional deve ser implementada o quanto antes, através da modificação do padrão alimentar do paciente, restringindo os componentes metabólicos e fornecendo nutrientes em quantidades adequadas para possibilitar o crescimento físico e o desenvolvimento neuropsicomotor normais. A carne de rã é indicada no tratamento da galactosemia por apresentar baixo teor de carboidratos e elevado de proteínas (ALMEIDA et al., 2007), como mostrará a tabela abaixo. Possui fácil digestibilidade e é rica em minerais, como o cálcio, e em vitaminas. Portanto, a utilização na dieta de pacientes com galactosemia auxilia na oferta de nutrientes para manutenção da saúde colaborando para a qualidade de vida destes indivíduos.

4 comentários:

Andi disse...

Olá gostaria de saber algumas informações sobre essa doença, tenho uma filha recém nascida que foi detectado que ela tem galactosemia porém moro na Bahia e os médicos daquir não sabem lidar com o caso. Vocês sabem me informar aonde existe tratamento especializado pra essa doença e o que eu poderia está fazendo?

Unknown disse...

O tratamento, Pinto, consiste em eliminar da dieta da sua filha tudo que for composto lácteo (leite de origem animal e derivados). Estudos falam até que leite sem lactose também não é indicado, pois não tem apenas a lactose, mas tem a caseína, que é a proteína do leite.
É uma doença séria e não se pode brincar ou vacilar.

Medicamentos (alguns), principalmente pediátricos também contém lactose, e algumas frutas e grãos (pesquise ne net que diz). O grão de bico, a lentilha e a ervilha tem um teor alto demais de galactose e deve ser evitado.

Eliana disse...


BOM DIA uma criança que não faz uso de leite e seus derivados a medica da genética pediu dosagem da enzima galactose 1fosfato uridiltransferase,minha duvida e consegue detectar? ele tem 1ano 6meses a distençao abdominal não desaparece mesmo na dieta,ele tem hipoglicemia que já causou 3 convulsões,os exames acusaram intolerância a lactose,alergia a ovo,soja e ele não consome gluten,desde já agradeço ASS:Eliana.

Fernando disse...

Boa noite. É possível uma criança de três meses ser diagnosticada com galactosemia sem apresentar nenhum tipo de sintomas. Apenas pelo exame de sangue??? O exame do meu filho acusou a doença porém ele tem três meses e não apresenta nenhum sintoma!